Morte I

Às vezes os ossos começam a se roer
Às vezes a pele começa a arder
O corpo sente a dor que não sentem tantos
E as lágrimas riscam o rosto de muitos em prantos

Às vezes o cérebro desliga
Às vezes o olho cega
O músculo fatiga
E a dor pega

E o pulmão erra
E a garganta engasga
O corpo na terra
É o fim de uma saga

O sangue jorra
A pele torra
O sorriso sarcasmo
E a alma marasmo

Último ano de idade
Último vivido pela metade
Primeiro ano de castidade
É o fim da eternidade

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