Reprise

Mais uma pra virar memória
Pra lembrar da grana gasta
Do tempo escasso
Do meu descaso.


Uma vez mais, por falta de esforço
E o resultado rasga
em busca do coração
O ventre inteiro, o torso
tira o órgão ainda bombeando
Pulsando como a ira abrigada nas entranhas.


A revolta outorgada pelos olhos
faz-se fácil de notar
Por escolha própria
mostra pra vítima seu destino
Só pra dar de bandeja
uma cesta inteira de intenções
que pousará
talvez num futuro distante
Guilhotina
na cabeça da serpente.


Que se foda a Itália
Que se fodam suas flores
Vou voltar pra minha Ibéria
Sempre preferi o mar profundo
À essa tua beleza rasa.

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