Egogênese

Meus monólogos são resposta,
á toda saudade e memória.
Me protegem da suja retórica,
dos atos, ratos, contratos e górgonas.

Bastião de ideias, meu devaneio.
Aparelho de cerco, teu olhar.
Perfura as muralhas do meu altar,
me decapitando com meu próprio anseio.

Minha indiferença foi guilhotina,
minha melancolia, se fez de carrasco
Meu álibi foi: "Me mantive casto"
E fez-se desta deriva minha sina.

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